II SEMINÁRIO EMERGÊNCIA CLIMÁTICA E CIDADES

Dias 28 e 29 de maio de 2025, das 16h às 20h30, no IABsp. Com entrada gratuita e transmissão ao vivo. Participe!

Data: 29/05/2025

Apresentação

Desde a primeira edição do Seminário Emergência Climática e Cidades (SECC), em agosto de 2023, os impactos da mudança climática nas cidades se tornaram mais evidentes, expondo a crise de paradigma de desenvolvimento que vivemos.

Da tragédia do Rio Grande do Sul às secas ocasionadas na Amazônia e às queimadas nunca antes vistas no ecossistema do Pantanal, os exemplos da mudança do clima não podem mais ser ignorados. Nas cidades, a força da natureza deixou patente a fragilidade de estruturas antes pensadas como perenes, e os antigos cálculos e previsões que pautaram projetos de infraestrutura urbana foram colocados em xeque.

Se no primeiro SECC o objetivo foi pautar a realidade das emergências climáticas na gestão urbana, engajando os setores público, privado, não governamental e acadêmico, nesta segunda edição o enfoque é avançar, junto a esses setores, na implementação de soluções. Transformar planos em ação e financiar cidades adaptadas e justas é o novo problema colocado para discussão em duas mesas do seminário.

A justiça climática, que aparece como eixo transversal desde o I SECC, agora transborda para um maior protagonismo dos conhecimentos tradicionais e das experiências comunitárias para a descolonização das práticas e do pensamento arquitetônico. A conexão dessas práticas com tecnologias contemporâneas será o foco da primeira mesa.

Por fim, o reconhecimento da diversidade de corpos e as diversas maneiras como esses corpos são afetados pelas mudanças climáticas ensejam repensar a cidade como infraestrutura de preservação da saúde pública. Esse reposicionamento também será discutido em uma mesa própria.

O II Seminário Emergência Climática e Cidades busca em 2025 aprofundar o diálogo entre clima e cidade iniciado em 2023 e contribuir para a qualificação dos debates da COP30, que ocorre em novembro deste ano no Brasil, em Belém. Participe!

Serviço


PROGRAMAÇÃO:

Abertura
quarta-feira, 28 de maio, das 15h30

Raquel Schenkman 
Presidente do IABsp

Mestre e graduada pela FAUUSP, é docente do Departamento de Arte da PUC-SP e servidora da Prefeitura de São Paulo desde 2012, no DPH (Departamento do Patrimônio Histórico da Secretaria Municipal de Cultura), onde foi também diretora. Foi presidente do Conpresp (o conselho de patrimônio cultural paulistano). Elaborou e implantou o Inventário Memória Paulistana, de instalação de placas de memória na cidade de São Paulo. Recebeu pelo DPH o Prêmio do Centenário do IAB pelo Inventário Memória Paulistana e o Prêmio da APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) na categoria Valorização do Patrimônio Arquitetônico pela Jornada do Patrimônio de 2019.

Renato Anelli 
Curador e diretor de cultura do IABsp

Arquiteto e urbanista, mestre em História pela Unicamp e doutor pela FAUUSP. Obteve o título de livre-docente e de professor titular na EESC-USP, onde lecionou de 1986 a 2021. Pesquisador do CNPq desde 2005, é professor da FAU-Mackenzie desde 2021. Atuou no IAB São Carlos e nas Bienais de Arquitetura de São Paulo. Vice-presidente do Instituto Bardi Casa de Vidro, coordenou importantes projetos de gestão e conservação. Foi secretário de obras de São Carlos e professor visitante na Columbia University. É diretor de cultura do IABsp.

Anderson Freitas
Escola da Cidade

Arquiteto e urbanista formado pela Universidade de Taubaté em 1994. Entre 2003 e 2004, coordenou o Núcleo de Projetos do Programa Monumenta – UNESCO, no Ministério da Cultura, em Brasília.
É sócio fundador do escritório Apiacás Arquitetos e professor da Escola da Cidade desde 2003, onde atualmente ocupa o cargo de diretor do Conselho Social — instância responsável pelas políticas de equidade e inclusão socioétnico-racial, além da promoção de práticas voltadas ao meio ambiente.
Em 2025, atua como curador, ao lado do Grupo Clima do IAB-SP, dos Seminários de Cultura e Realidade Contemporânea da Escola da Cidade, organizando um ciclo de palestras e debates sobre a crise climática sob o tema “Arquitetura como Ciência Ambiental”



1.  Da cidade carbocêntrica à cidade ecológica: visões para reimaginar a sociedade
quarta-feira, 28 de maio, das 16h às 18h

Pode a cidade deixar de ser a antítese da natureza? Exemplos da história, da sabedoria dos povos originários, bem como de iniciativas governamentais e do terceiro setor serão debatidas, em cruzamentos de cosmovisões, com uma abordagem decolonial e um olhar aberto às experiências comunitárias para subverter a cidade do consumo sem limites de solo e recursos. Discutiremos práticas emancipadoras, conectando saberes ancestrais com tecnologias contemporâneas de enfrentamento à crise climática.

Jerá Guarani (Debatedora)

Líder indígena e ativista da etnia Guarani Mbya, se dedica à preservação da cultura, língua e direitos de seu povo. Cresceu na aldeia Tenondé Porã, na região metropolitana de São Paulo, onde desde jovem se destacou como uma voz em prol da educação indígena e da valorização das tradições culturais de sua comunidade. Tem atuado, entre outros, na luta pela demarcação de terras indígenas, na defesa dos direitos ambientais e no fortalecimento das identidades indígenas nas áreas urbanas.

Sueli Furlan (Debatedora)

É professora doutora do Departamento de Geografia da USP, pesquisadora e orientadora nos programas de pós-graduação em Geografia Física pela FFLCH-USP e Ciências Ambientais pelo PROCAM-IEE-USP. Pós-doutora pela Universidade de Cádiz (Espanha), é referência em planejamento da paisagem, conservação ambiental e educação socioambiental. Coordenadora do NUPAUB-USP, onde atuou como chefe de departamento e agora integra conselhos científicos e ambientais. Coautora dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) e de currículos em diversos estados, desenvolve pesquisas na Amazônia e Mata Atlântica, com ênfase em patrimônio natural, áreas protegidas e florestas culturais.

Kimberly Silva (Debatedora)

É diretora regional da Amazônia da Palmares Laboratório-Ação. Bióloga e ativista socioambiental paraense, trabalha com implementação de projetos em comunidades socioambientais. Atua há mais de 7 anos com movimentos de juventude e mobilizações dentro de seu território. Discute gênero, justiça climática e racismo ambiental, com foco na Amazônia e em adaptação climática antirracista.

Leandro Fontana (Moderador)

Arquiteto paisagista formado pela Unesp (2010), é diretor de Relações Institucionais e Parcerias do IABsp e membro do GT Clima e Cidade na mesma instituição. Atua como colaborador do escritório RPAA (Raul Pereira Arquitetos Associados) desde 2011. Também desenvolve projetos autorais de paisagismo, planejamento ambiental, soluções baseadas na natureza e recuperação de áreas degradadas. Coordenou trabalhos de destaque como as Moradas Infantis de Canuanã (TO), premiado pelo RIBA (2018), as Moradas Infantis de Bodoquena (MS), o Complexo Cultural Praça das Artes (SP) e o projeto de restauro e melhorias do Jardim Francês do Museu do Ipiranga (SP).

Cristiane de Avila Amaral  (Relatoria)
Arquiteta formada pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, é mestre em Inovação na Construção Civil pela Escola Politécnica da USP, no setor de real estate. Pioneira, no Brasil, no estudo de modelo de negócio e implementação de Vertical Farming (Fazendas Verticais). Possui sólida experiência em projetos arquitetônicos corporativos e institucionais, sempre com ênfase em sistemas voltados para baixo impacto ambiental e soluções baseadas na natureza. 

Prioriza os projetos arquitetônicos com impacto sociocultural.

Maiara Enes Appugliese (Relatoria)
Graduada em Arquitetura e Urbanismo pela UNESP Bauru, com foco em arquitetura da paisagem. Dedica-se ao estudo dos manguezais da Baixada Santista, enfatizando as questões sociais e as estratégias de infraestrutura verde e azul. Desde 2024, integra o GT Clima e Cidade do IABsp, no qual segue aprofundando seus conhecimentos das relações entre urbanismo, território e clima.



2. Transformando planos em ação: políticas públicas para cidades resilientes
quarta-feira, 28 de maio, das 18h30 às 20h30

No cenário de emergência climática, espera-se que o estado assuma um dos principais papéis na adaptação dos assentamentos humanos. A percepção da necessidade de ação imediata já se difundiu nas esferas federais, municipais e estaduais. Discutiremos, com representantes de agências e secretarias ligadas às políticas públicas climáticas, do levantamento de dados e mapeamento de risco ao planejamento e aplicação de políticas públicas, para enfrentar o desafio da adaptação das cidades de forma que também sejam enfrentados o racismo ambiental e as outras desigualdades que permeiam historicamente a sociedade brasileira.

Maurício Guerra (Debatedor)

Diretor de Meio Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente e Mudança Climática, é arquiteto e urbanista pela UFPE e mestre em Engenharia Civil pela UPE. Tem 25 anos de experiência em meio ambiente e planejamento urbano, com atuação relevante nas áreas de conservação, sustentabilidade e mudança climática. Trabalha desde 2007 como gestor público, em funções de alta chefia na área de planejamento urbano ambiental, ação climática e conservação da biodiversidade. Foi secretário-executivo de Sustentabilidade do Recife e superintendente de Conservação da Biodiversidade do Governo do Estado de Pernambuco.

Pedro Henrique Torres (Debatedor)
Professor na UNESP Litoral Paulista, onde coordena o LADAMPS (Laboratório de Pesquisas em Desigualdades Ambientais, Mudanças Climáticas e Planejamento em Sistemas Socioecológicos). É orientador no PROCAM/USP e pesquisador dos grupos IEA-USP, INCLINE e GovAmb/IEE-USP. Planejador urbano, é doutor em Ciências Sociais com estágio na Princeton University e research fellow do Earth System Governance Project. Integra a Climate and Water Task Force da IWRA. Atuou no Cemaden/MCTI e como revisor do AR6/IPCC. Tem experiência em ONGs, governo e consultorias. Trabalha com gestão ambiental e planejamento, com foco em desigualdades ambientais, justiça climática, adaptação e cidades costeiras.

Ester Carro (Debatedora)

É presidente do Instituto Fazendinhando, organização que promove a transformação territorial, socioambiental e cultural em favelas, especialmente no Jardim Colombo, comunidade onde nasceu e cresceu. Arquiteta, urbanista social e ativista, foi eleita entre os 50 arquitetos, paisagistas e designers mais influentes do Brasil pela Casa VOGUE em 2024. Integrou a lista Forbes Under 30 (2023) na categoria design, e foi reconhecida como uma das 100 brasileiras extraordinárias pela Rebel Girls. É doutoranda na FAU-Mackenzie, onde também atua como professora de graduação. Mestre em projeto, produção e gestão do espaço urbano pela FIAM-FAAM, é especialista em Urbanismo Social pelo Insper e em Habitação e Cidade pela Escola da Cidade. Contribui com o Programa Raízes, iniciativa da Prefeitura de São Paulo que desenvolve projetos para qualificação dos espaços urbanos e melhoria das condições de vida no Complexo de Paraisópolis.

Samia Nascimento Sulaiman (Debatedora)

Coordenadora-geral da Coordenação de Articulação do Departamento de Mitigação e Prevenção de Riscos da Secretaria Nacional de Periferias do Ministério das Cidades. Docente no Departamento de Práticas Educacionais e Currículo, Centro de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Graduação e Licenciatura em Letras e Mestrado e Doutorado em Educação, Universidade de São Paulo (USP). Mestrado em Planejamento e Gestão de Riscos Naturais, Universidad de Alicante, Espanha. Pós-Doc em Planejamento e Gestão do Território, Universidade Federal do ABC (UFABC) Pós-Doc em Ciências Ambientais, Instituto de Energia e Ambiente (USP). Pesquisadora do Laboratório de Gestão de Risco (LabGRis-UFABC) e do Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas Sobre Desastres (NUPED/UFRN). Orientação de estágios supervisionados de formação docente Letras-Português. Membro do GT de Estágio e da equipe editorial da Revista Cadernos de Estágios, Centro de Educação (CE-UFRN). Experiência em Pesquisa, Ensino e Extensão, de abordagem interdisciplinar e participativa, com publicações científicas e educativas, em Educação, Educação Ambiental, Sustentabilidade, Participação social, Gestão de Riscos.

Hannah Arcuschin Machado (Moderadora)

Integrante do GT Clima e Cidade do IABsp e coordenadora-adjunta e pesquisadora principal do Programa Cidades +2ºC, do Centro de Estudos das Cidades do Laboratório Arq.Futuro. Arquiteta e Urbanista pela USP, é mestre em Políticas Públicas pela FGV (Fundação Getulio Vargas) e doutoranda em Ciência Ambiental pela USP. Possui experiência no setor público e em organizações internacionais, colaborando na formulação de políticas públicas voltadas à adaptação à mudança climática, desenvolvimento urbano, transporte e saúde pública.

Julia Reis (Relatoria)

Sócia fundadora do Estúdio Lava, atua na área de arquitetura, desenho urbano, paisagem e cenografia. É arquiteta formada pela FAU-Mackenzie, mestre em Emergency and Resiliency pela Universidade IUAV de Veneza e pós-graduada em Arquitetura, Educação e Sociedade (2023) e Geografia, Cidade e Arquitetura (2018) pela Escola da Cidade. É conselheira fiscal do IABsp, onde também colabora com o GT Clima e Cidade. Colaborou com o Plano de Ação em Resiliência Climática da Prefeitura de Gênova e com o programa Territórios CEU da Prefeitura de São Paulo. Recebeu pelo seu escritório menção honrosa na 62ª Premiação IAB-RJ, com a Casa da Figueira; o 2º prêmio no Concurso Nacional para a Reurbanização do Centro do Conde; o 1º prêmio na Convocatória da Iniciativa Latino-Americana da Paisagem, com o Plano Integrado de Desenvolvimento Local da RDS Despraiado.

Taiara Cifuentes (Relatoria)

Arquiteta e urbanista formada pela FIAM-FAAM, onde estudou, para sua monografia de graduação, a interface da legislação urbana com a requalificação ambiental e o retrofit de galpões industriais tombados. É associada ao escritório Barossi & Nakamura, onde atua como arquiteta e urbanista no desenvolvimento de projetos públicos nas áreas de arquitetura e paisagem. É membro do GT Clima e Cidade do IAB São Paulo.



3. Corpos em crise: a cidade e a saúde em um planeta quente
quinta-feira, 29 de maio, das 16h às 18h

Entender o meio urbano enquanto parte de um ecossistema que tece nossas relações com o meio natural é também perceber nossos corpos diversos (pois vindos de diversos contextos sociais e culturais) como parte desse ecossistema em crise. A cidade cumpre um papel fundamental na manutenção de nosso bem-estar, o que passa por questões como saneamento básico, alimentação, habitat e prevenção de doenças. Vamos explorar os desafios impostos por ondas de calor, chuvas torrenciais, alagamentos, geadas e outros eventos climáticos extremos, para juntos entender como melhor adaptar nossas cidades para atuarem como infraestruturas de preservação da saúde pública.

Gabriela Di Giulio (Debatedora)

Professora associada do Departamento de Saúde Ambiental da Faculdade de Saúde Pública da USP, seu trabalho acadêmico se concentra nas interações entre ambiente e sociedade e nas interface entre ciência e política, particularmente nos impactos das crises ambientais em contextos socioculturais. É membro da coordenação científica do Programa Biota, da Fapesp, e coordena o Programa de Pós-Graduação em Saúde Global e Sustentabilidade da USP. É vice-coordenadora do Grupo de Pesquisa em Ambiente e Sociedade do IEA/USP, do Centro de Estudos da Amazônia Sustentável (CEAS) e do Grupo de Pesquisa CIRIS sobre Governança, Risco e Comunicação.

Yamila Goldfarb (Debatedora)

Doutora em geografia humana, possui pós-doutorado em Desenvolvimento Territorial da América Latina e Caribe. É presidenta da ABRA (Associação Brasileira de Reforma Agrária), professora visitante no curso de Relações Internacionais da UFABC e membro do GT Estudos Críticos do Desenvolvimento Rural da CLACSO.

Everton Pereira da Silva (Debatedor)
Everton Pereira é morador da Maré, geógrafo e urbanista social. Coordenador do Eixo de Direitos Urbanos e Socioambientais da Redes da Maré, onde atua há mais de uma década. Participou como agente de campo do Censo de Empreendimentos (2011) e, como coordenador de campo, do Censo Populacional da Maré (2012).

Renata Gracie (Debatedora)

Doutora em Saúde Coletiva pelo IESC/UFRJ, possui mestrado em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz. É bacharel e licenciada em Geografia pela UFF. Tecnologista em geoprocessamento, também é coordenadora do Laboratório de Informações em Saúde do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica-ICICT da Fiocruz, onde leciona diversas disciplinas. Coordena o curso de Especialização em Sistemas de Informação, Monitoramento e Análise de Saúde Pública (SIMASP/Icict/Fiocruz). Atua na pesquisa e ensino de Geografia da Saúde, com ênfase em vigilância em saúde, desigualdades socioespaciais, saneamento e saúde, mudanças climáticas, indicadores de saúde e de interesse à saúde a partir do uso de técnicas de geoprocessamento e análise espacial. É mãe de dois filhos.

Leonardo Musumeci (Moderador)

Diretor executivo adjunto do IABsp, é arquiteto e urbanista pela USP e bacharel e licenciado em filosofia pela mesma instituição. Tem especialização em Meio Ambiente e Sociedade pela FESPSP e é doutorando em Saúde Pública pela USP, financiado pelo CNPq.

Taiara Cifuentes (Relatoria)

Arquiteta e urbanista formada pela FIAM-FAAM, onde estudou, para sua monografia de graduação, a interface da legislação urbana com a requalificação ambiental e o retrofit de galpões industriais tombados. É associada ao escritório Barossi & Nakamura, onde atua como arquiteta e urbanista no desenvolvimento de projetos públicos nas áreas de arquitetura e paisagem. É membro do GT Clima e Cidade do IAB São Paulo.

Lara Torres (Relatoria)

Arquiteta e urbanista, atuou no Projeto de Reabilitação Urbana e Ambiental [R.U.A.] Gogó da Ema, iniciativa voltada à recuperação ambiental e urbana de uma Zona Especial de Interesse Social na Bahia, com ações de assistência técnica, mitigação de riscos climáticos e mobilização comunitária. Atualmente, dedica-se ao conforto urbano em espaços abertos e é integrante do GT Clima e Cidade do IABsp.



4.  Quem paga a conta? O financiamento de cidades adaptadas e justas
quinta-feira, 29 de maio, das 18h30 às 20h30

O financiamento climático é o tema central da COP30, a ser realizada este ano, em Belém do Pará. Assim como a adaptação de países do Sul Global nos impõe um enorme desafio de captação de recursos, a adaptação climática urbana expõe as desigualdades de capacidades e demandas entre as cidades brasileiras. Adaptação não é barato, e exigirá investimentos, em muitos casos, maiores que orçamento público municipal. Debateremos o papel dos bancos de financiamento, do terceiro setor e da esfera federal nessa mesa de encerramento do seminário. Também buscaremos entender o papel do projeto e do arquiteto e urbanista nas políticas públicas de planejamento, na captação de recursos, bem como nas formas de viabilização do orçamento participativo para a adaptação climática urbana.

Roberto Kishinami (Debatedor)

Especialista sênior no Instituto Clima e Sociedade, é físico formado pela USP, com mestrado na mesma área. Sua especialidade é o planejamento energético e a mudança global do clima. Foi diretor da NRG Energy, onde forneceu apoio ao planejamento estratégico do licenciamento ambiental das unidades de bioenergia da Brenco (Companhia Brasileira de Energia Renovável) no Centro Oeste brasileiro. Também foi diretor do Greenpeace. Como consultor, atendeu a AES Eletropaulo e a AES Brasil.

Alícia Lerner (Debatedora)

Alícia Lerner é arquiteta e urbanista pela FAUUSP, com formação complementar na Universitat Politècnica de Catalunya. Atua como senior program associate na Climate Policy Initiative, onde lidera a implementação do hub brasileiro da CCFLA (Cities Climate Finance Leadership Alliance), com foco na mobilização de financiamento urbano e subnacional para mitigação e adaptação climática. E sua trajetória interdisciplinar e internacional, já colaborou com governos, organismos multilaterais e o setor privado. Trabalhou na Climate Bonds Initiative, coordenando o Programa Global de Resiliência e contribuindo para a Taxonomia de Resiliência Climática e a Taxonomia Sustentável Brasileira. Participou da elaboração do Climate Technology Progress Report 2023 do IPCC. Tem experiência em pesquisa acadêmica nas áreas de infraestrutura de transporte e políticas urbanas.

Claudia Lins Lima  (Debatedora)

Geógrafa e mestre em Gestão Ambiental e Territorial pelo Departamento de Geografia da UnB. Atualmente é Gerente de Sustentabilidade e Resiliência na Confederação Nacional de Municípios, onde lidera equipes nas áreas de meio ambiente, saneamento básico e defesa civil com foco no fortalecimento da gestão municipal com foco na resiliência. Membro titular do Conselho Nacional de Meio Ambiente, onde também atua na Câmara de Justiça Climática como titular. Possui mais de 10 anos de experiência com análise de políticas públicas ambientais e é autora de artigos científicos e publicações técnicas, especialmente nas áreas de saneamento e meio ambiente.

Élcio Batista  (Moderador)

Cientista social, é mestre em Sociologia e coordenador do Programa Cidade +2 Graus no Insper, com foco em adaptação e risco climático. Foi vice-prefeito de Fortaleza e criou o Desigual Lab, primeiro laboratório municipal para aceleração de políticas públicas. Como secretário-chefe da Casa Civil do Ceará, idealizou o ÍRIS (Laboratório de Inovação e Dados), referência nacional.

Luiz Florence (Relatoria)

Sócio da 23 Sul Arquitetura desde 2006, onde coordena projetos multidisciplinares, é arquiteto e urbanista pela FAUUSP e mestre e doutor em História e Fundamentos da Arquitetura e do Urbanismo pela mesma instituição. É membro do GT Clima e Cidade do IABsp e co-curador do Seminário Cultura e Realidade Contemporânea 2025 na Escola da Cidade.

Hannah Arcuschin Machado (Relatoria)
Integrante do GT Clima e Cidade do IABsp e coordenadora-adjunta e pesquisadora principal do Programa Cidades +2ºC, do Centro de Estudos das Cidades do Laboratório Arq.Futuro. Arquiteta e Urbanista pela USP, é Mestre em Políticas Públicas pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) e doutoranda em Ciência Ambiental pela USP. Possui experiência no setor público e em organizações internacionais, colaborando na formulação de políticas públicas voltadas à adaptação à mudança climática, desenvolvimento urbano, transporte e saúde pública.



FICHA TÉCNICA

O seminário é uma correalização do Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento de São Paulo, por meio de seu Grupo de Trabalho Clima e Cidade, e da Escola da Cidade.

A iniciativa faz parte do plano anual de atividades do IABsp realizada pelo Ministério da Cultura, através da Lei Rouanet de incentivo a projetos culturais, e patrocinada pelas empresas Otis Elevadores e Atlas Cerâmica.


Sobre o GT Emergência Climática e Cidades

O Grupo de Trabalho Clima e Cidade do IABsp atua desde 2023 para fomentar a discussão urgente sobre as ações necessárias na práxis urbana para mitigar os impactos dos eventos climáticos extremos. Com esse objetivo, o GT promove o debate das estratégias de adaptação e práticas mitigadoras das emissões de gases de efeito estufa das áreas urbanas no Brasil. Esse debate tem como base a justiça climática, pois são as populações mais vulneráveis as mais atingidas pelos eventos climáticos extremos.

Fale conosco: emergenciaclimatica@iabsp.org.br | @climaecidade

Próximas atividades

21/06/2025

Os Envolvimentos serão encontros preparatórios online com debates que aprofundam as ideias centrais da exposição da 14ª BIAsp.
Data: 21 de junho
Horário: das 13h30 às 18h30
Local: IABsp - Rua Bento Freitas, 1ª andar