Data: 16/02/2023
Horário: 17h
Local: IABsp: Rua Bento Freitas, 306 – 1° andar – Vila Buarque
e-mail: iabsp@iabsp.org.br
Os territórios negros são parte essencial da formação das cidades brasileiras – e São Paulo não seria diferente. Bairros como Liberdade, Bixiga, Casa Verde, Campo Limpo, Baixada do Glicério e tantos outros foram formados a partir de ocupações principalmente de população negra, desde o período colonial até os movimentos migratórios já na República. São lugares de resistência, criação, construção de redes e produção de conhecimento, cuja cultura e materialidade relaciona-se diretamente aos processos afro-diaspóricos. Neste evento, o IABsp convida agentes de pesquisa e ação para um debate sobre os territórios negros de São Paulo, a partir de uma de suas características mais marcantes: o samba, seja nas rodas ou nas escolas e agremiações. O evento propõe discutir também os processos de deslocamento, expulsão e apagamento por que passam muitos desses grupos e manifestações culturais como resultado tanto de planos públicos quanto de interesses privados, da construção de infraestruturas às ondas de valorização imobiliária. Tais interações e conflitos não só fazem parte da construção histórica da cidade, mas são também processos em avanço exponencial atualmente.
Mesa com pesquisadores:
Claudia Alexandre é jornalista, doutora e mestre em Ciência da Religião (PUC-SP). Pesquisadora de tradições e cultura Afro-brasileira, sambas e escolas de samba. Autora do livro “Orixá no Terreiro Sagrado do Samba – Exu e Ogum no Candomblé da Vai-Vai”.
Gleuson Pinheiro é pesquisador do Laboratório Cultura, Cidade e Diáspora (Labdias FAU-USP), doutorando na FAU-USP, professor da Escola da Cidade – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e carnavalesco de escolas de samba.
Bruno Baronetti é doutor em História pela USP e pesquisador da cultura popular brasileira.
Tadeu Kaçula é sambista e pesquisador, formado em Sociologia e Política pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo. Fundador do Instituto Nacional Samba Autêntico e autor do livro “Casa Verde: uma pequena África paulistana”.
Mediação: Amália dos Santos, Diretora de Formação e Difusão do IABsp, Professora da Escola da Cidade e Coordenadora do curso de pós-graduação “Cidades em Disputa – pesquisa, história e processos sociais”
Abertura: Francine Moura, Diretora Adjunta de Cultura do IABsp, sambista, expógrafa, cenógrafa, diretora de arte, carnavalesca do Bloco Afro-afirmativo Ilu Inã e artista-pesquisadora do Núcleo de Estudos em Corporeidades Negras.
Fechamento:
– Roda com o Instituto Cultural Samba Autêntico
– Chopp da Brass Cervejaria
Parceria e Registro Audiovisual:
– Instituto Tebas