Imagem: Laura Pappalardo
EMENTA:
Este curso propõe discutir a noção de “arquivos vivos” como ferramenta conceitual e prática para a preservação e ativação de memórias associadas à biodiversidade e às cosmopolíticas indígenas e afro-latino-americanas. Partimos da concepção de que o arquivo não se limita ao documento ou ao edifício, mas integra práticas, paisagens e organismos que constituem memórias coletivas. Nesse sentido, reconhecemos territórios e ecossistemas como suportes ontológicos de arquivos vivos, entendendo-os como sistemas dinâmicos, instáveis e interdependentes entre humanos e não-humanos. O curso articula reflexões sobre como práticas de memória podem contribuir para estratégias de preservação de florestas, reflorestamento de cidades e renaturalização de ecossistemas urbanos, alinhando-se aos eixos da Bienal: “Preservar as florestas e reflorestar as cidades” e “Conviver com as águas”. Por meio de estudos de caso, textos, imagens e experiências práticas, investigaremos como arquivos vivos resistem às lógicas coloniais, propondo alternativas para ativar memórias em diálogo com paisagens biodiversas. O percurso culminará na construção coletiva de um acervo de arquivos vivos, que evidencie formas não-hegemônicas de ver, guardar e cuidar da memória.
METODOLOGIA:
A metodologia articula três dimensões integradas: investigação teórica, experimentação prática e produção coletiva. Cada encontro será estruturado a partir da leitura e discussão de textos teóricos e estudos de caso que abordam a noção de arquivos vivos e sua relação com paisagens biodiversas e práticas culturais. Entre as aulas, os participantes realizarão excursões ou intervenções individuais no espaço urbano, com o objetivo de observar, registrar e refletir sobre manifestações de arquivos vivos na cidade. Esses registros (em formatos diversos como textos, imagens ou mapas) serão compartilhados nas sessões seguintes, estabelecendo conexões entre experiências subjetivas e os referenciais teóricos discutidos. Paralelamente, será conduzido um processo colaborativo de construção de um acervo que materialize as reflexões do grupo, utilizando suportes como mapas conceituais, cadernos de campo ou bancos de imagens. Ao final do curso, esse acervo constituirá um arquivo vivo coletivo, representando as múltiplas camadas de memória e biodiversidade identificadas no contexto urbano. A proposta metodológica visa promover uma aproximação crítica e sensível entre teoria, prática e ação, estimulando a produção de conhecimentos situados e comprometidos com a preservação de ecossistemas urbanos.
EIXOS TEMÁTICOS 14ª BIAsp:
– Preservar as florestas e reflorestar as cidades
– Conviver com as águas
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