esde seu surgimento como uma ideia no Brasil nos anos de 1980, os Planos de Bairro têm se disseminado como um instrumento de planejamento participativo na escala local, tendo a possibilidade de tratar de temas mais próximos da vida cotidiana dos moradores de áreas delimitadas, incluindo as demandas, desejos e necessidades das populações locais.

Diversos Planos de Bairro têm sido desenvolvidos em cidades brasileiras segundo diferentes concepções, metodológicas e práticas, especialmente a partir do estabelecimento dos planos diretores como norma pelo Estatuto da Cidade, em 2001.

Este primeiro Simpósio tem como objetivo reunir e compartilhar essas experiências para que se possa estabelecer um entendimento comum do alcance, das possibilidades e limitações desse instrumento a partir das práticas efetivamente desenvolvidas. Nesse sentido convidamos todos a enviar um breve relato de sua prática de modo que possamos nos conhecer e, possivelmente, articular nossos esforços.

Assim, toda contribuição é bem vinda, não importando sua origem nem seu grau de desenvolvimento. Esperamos reunir lideranças, estudiosos, gestores públicos, associações e demais interessados no desenvolvimento de práticas participativas de planejamento urbano local.

No panorama do planejamento urbano a ideia de participação ativa, com poder de decisão efetivo, que vá além das consultas já sacramentadas na forma de audiências públicas, ainda não está, a nosso ver, suficientemente amadurecida. As práticas de plano de bairro podem e devem caminhar nesse sentido, suplantando as limitações das audiências e oficinas que, embora importantes e tendo significado um avanço, têm limitações de várias naturezas.

Temos percebido que há muitas particularidades nas diversas experiências e nos parece extremamente necessário que todos as conheçamos.

Modalidades de participação