MAIO 1968 NA FRANÇA
AI-5 NO BRASIL
1968. ano de grandes movimentos
de contestação no mundo e no
continente latino-americano e também,
de grandes repressões: México,
Checoslováquia, França, Brasil...
No IAB os pequenos departamentos rebelavam-se contra o que denominava-se
– hegemonia do eixo Rio-São Paulo – que não
permitia uma participação mais efetiva das unidades
estaduais com menor número de associados.
Uma chapa de associados de vários Estados, tendo à
frente Eduardo Kneese de Mello, primeiro presidente do IAB-SP, um
dos primeiros departamentos estaduais, é eleito dando assim
início à fase de transição do poder
central para a estrutura federativa da entidade. Essa importante
transformação no processo decisório da entidade
não se fez sem grandes sacrifícios, principalmente
quando a preocupação central era a de manter a independência
do Instituto perante um todo poderoso governo central às
voltas com seu processo de repressão e seu “milagre
brasileiro”.
Em 1970, Benito Sarno do departamento da Bahia, sucede a Kneese
de Mello. Foram feitas as reformas estatutárias que modelaram
o IAB de hoje. A definição do COSU como órgão
máximo deliberativo e a obrigatoriedade de eleições
baseadas em plataformas elaboradas por departamentos e não
mais por nomes simplesmente.
Miguel Alves Pereira, em 1972, sucede à Benito Sarno, com
quem havia trabalhado estreitamente na reformulação
do IAB, levando a sede nacional para Brasília e, de lá,
inicia o processo de implantação da estrutura federativa
e democrática da entidade. Realizando reuniões semestrais
do Conselho Superior nas mais diversas capitais do país,
permitiu-se maior e mais intensa participação dos
associados, dos departamentos, fortalecendo enormemente a entidade
e sua atuação a nível interno, nacional e internacional.
Nessa ocasião, por força do acordo MEC-USAID, proliferaram
as escolas de arquitetura e a categoria sofria grandes transformações:
o antigo profissional liberal em seu pequeno atelier, progressivamente
vinha se transformando em uma massa de assalariados e, com o correr
do tempo, em uma massa de desempregados ou sub-empregados.
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