<%@LANGUAGE="VBSCRIPT"%> <% pagina = "historia"%> Instituto de Arquitetos do Brasil - Departamento de São Paulo


IAB SE FORTALECE E AMPLIA ATUAÇÃO

Fim da ditadura Vargas.
Momento de democratização.
JK sobe ao poder. Mudanças sacodem
a sociedade brasileira.

Nestor Egydio de Figueiras ao final de seu último mandato em 1943, alertou para a importância de se eleger nomes expressivos da arquitetura brasileira, sobretudo aqueles conhecidos internacionalmente, numa clara alusão à mudança que se havia processado na profissão naqueles vinte e poucos anos do Instituto. É eleito então, Paulo Camargo de Almeida, o primeiro presidente fora do grupo dos vinte e sete sócios fundadores.

Por outro lado também, se em 1931 o Instituto se posicionava claramente a favor da arquitetura contemporânea, em 1944 o IAB manifestava-se abertamente pelo fim da ditadura Vargas, pela anistia geral, pela liberação dos presos políticos e pela convocação de uma Assembléia Constituinte. Duas passagens entretanto, merecem ser relembradas cabendo como exceção à concisão desejada: em 1939, a discussão se o IAB seria ou não transformado em sindicato por força do Decreto Lei 1403, cuja decisão foi de que o IAB continuaria como estava, podendo seus associados criar um sindicato utilizando inclusive as instalações do Instituto, fato este, que só viria a ocorrer vinte e cinco anos depois. Também durante a guerra, a luta contra a construção obrigatória de abrigos antí-aéreos que um grupo de construção e militares queria transformar em lei.

Na primeira metade da década de 40 surgem os primeiros departamentos estaduais do IAB e tem início a transformação do Instituto de entidade centrada no Rio de Janeiro em uma estrutura federativa. Os primeiros departamentos de Minas Gerais e de São Paulo foram criados em 1943. Coube ao paulista sediar o I Congresso Brasileiro de Arquitetos, em janeiro de 1945, quando o Estado Novo vivia seus últimos dias em decorrência das vitórias das forças armadas aliadas nos campos da Europa. A esta altura a entidade estava perfeitamente consolidada e era preciso avançar.

O IAB precisava de uma sede para seu funcionamento, um dos sonhos de Paulo Camargo de Almeida, incorporado pelo seu sucessor Firmino Fernandes Saldanha, que assume a presidência em julho de 1946.

Mas uma questão colocava-se como prioritária naquele momento de democratização da sociedade brasileira. Era preciso consolidar o caráter político da entidade, exigência no qual se viu envolvido Firmino Fernandes Saldanha, reeleito por mais dois mandatos. No final da década de 40 passa o cargo a Milton Roberto que dirigiu o s destinos do Instituto até 1953, quando faleceu em pleno apogeu de sua carreira como profissional e líder da categoria.

Assume a presidência Paulo Antunes Ribeiro que, descrente das promessas governamentais quanto a uma sede para o Instituto, passa a buscar uma solução própria junto aos associados.

Simultaneamente preocupa-se com o crescimento da entidade em decorrência da criação de novas escolas de arquitetura e a natural formação dos departamentos estaduais. O IAB já não podia mais restringir-se a uma entidade do Rio de Janeiro. Esta questão exigia uma solução urgente.

Contudo, o momento da transformação só viria a ocorrer no final do primeiro mandato de Ary Garcia Rosa em 1956-57. Em Assembléia Geral, realizada em 14 de julho de 1957, fica decidida a criação do Conselho Superior do Instituto de Arquitetos do Brasil – COSU, integrado por representantes de todos os departamentos estaduais e ex-presidentes eleitos a cada dois anos (pondo fim aos mandatos anuais). Passa a ser atribuição do COSU traçar a política do Instituto e eleger a Diretoria Nacional. Estava assim definida a estrutura federativa do IAB.

Os mandatos de Ary Garcia Rosa coincidiram também com o governo JK e sua proposta de mudança da capital da República para – o coração do Brasil.